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Arroz      
Arroz de sequeiro de alta produtividade
Produtores familiares de Santa Catarina conseguem produzir 8 toneladas por hectare usando apenas adubação orgânica e pó de basalto
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Juliana Royo
19/11/2010

Um projeto da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, está incentivando a produção agroecológica de arroz de sequeiro em pequenas propriedades de Santa Catarina. O resultado está sendo positivo. Na última safra, os produtores familiares conseguiram produzir 8 toneladas por hectare, o que é uma quantidade bem expressiva para o arroz de sequeiro. Eles atingiram essa maca sem usar nenhum insumo químico, apenas adubação orgânica e aplicando o pó de basalto, que é um condicionador de solo. Com o uso do pós, misturado aos compostos orgânicos, a planta fica muito mais saudável e resistente ao ataque de pragas.

— Nestes ensaios que foram feitos, todos eles em pequenas propriedades, se obteve até 8 toneladas de arroz por hectare, o que surpreendeu a todos porque é uma produtividade bastante alta para arroz de sequeiro. O arroz é uma cultura bastante sensível à questão de umidade do solo e este ano as condições foram bastante favoráveis, não houve estiagem. O princípio mais importante da produção agroecológica é não utilizar insumos químicos, sem uso de adubação mineral e sem agrotóxico. Os agricultores utilizam a semente que eles próprios cultivos. Boa parte da produção é para consumo das próprias famílias já que as áreas de cultivo são pequenas. O excedente é comercializado ou trocado entre os agricultores — explica o pesquisador Clístenes Guadagnin, da Epagri.

A alta produtividade é obtida com a boa nutrição das plantas, cuidados de manejo adotados pelos produtores e a baixa incidência do ataque de pragas. O pesquisador explica que isso acontece porque as plantas saudáveis ficam mais vigoras e sogrem menos com os ataques. Além disso, o clima também foi um fator favorável já que a última safra não registrou problemas de estiagem. Outra iniciativa da Epagri junto aos produtores familiares é a distribuição do Kit Diversidade, compostos por mais de 30 sementes de diversas variedades de plantas.

— O Kit Foi uma iniciativa desenvolvida em parceria com as entidades locais em que se buscou fazer um estudo nas áreas de associações de microbacias quais eram as variedades locais que os agricultores continuavam cultivando ao longo do tempo e quais as famílias teriam interesse em cultivar. É um conjunto de variedades de sementes de milho, feijão, arroz, hortaliças com cerca de 30 variedades de espécies diferentes cultivadas pelos produtores, formando o Kit que é distribuído para todas as famílias onde estas sementes são cultivadas. É uma iniciativa importante que visa, além da produção de alimentos saudáveis, a redução de gastos e a saúde das famílias — destaca.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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Leandro Santos
19/11/2010 - 12:44
Muita gente erra ao achar que o princÝpio mais importante da produþÒo agroecol¾gica Ú a nÒo utilizaþÒo de insumos quÝmicos, sem uso de adubaþÒo mineral e sem agrot¾xico. A agroecologia vai muito alÚm disso ai, envolvendo outros aspectos como o social, econ¶mico, cultural, ambiental e a sustentabilidade. Parabenizo a iniciativa, mas precisamos pensar direito a agroecologia

Juares Lorenzon
19/11/2010 - 14:40
ParabÚns a equipe do trabalho e em especial ao grupo de Guaraciaba, agricultores, tÚcnicos e apoiadores.
O texto destaca o nÒo uso de insumos quÝmicos, em razÒo do forma que a sociedade hoje percebe a agricultura como consumidora de produtos industriais. Necessariamente agroecologia Ú a articulaþÒo de ßreas do conhecimentos e aspectos diversos. Portanto, pensar direito Ú faze-la acontecer juntos, muito mais que ret¾rica. Para o beneficio das populaþ§es do campo e da cidade.
Msc, TÚcnico Agroecoologista e Homeopata Juares Lorenzon

Agron. Ramón Sanchez
19/11/2010 - 15:34
Em um artigo como este seria fundamental informar quanto foi usado de p¾ de basalto e adubo orgÔnico, alÚm do tipo de adubo orgÔnico. O p¾ de basalto nÒo Ú um produto tÒo facilmente disponÝvel. O rendimento pode ter sido favorecido pela mßtÚria orgÔnica e a boa sanidade, pelo clima favorßvel. Resultados experimentais de um ou dois anos de safra nÒo sÒo confißveis, nem representam a realidade. O p¾ de baslato contÚm teores elevados de metais pesados t¾xicos como chumbo, cßdmio, arsÛnio, urÔnio entre outros.
Se os sistemas egroecol¾gicos fossem tÒo vantajosos assim, nÒo teriam sido abandonados hß 80 anos atrßs.

Eng.Quím. J.Calderón
20/11/2010 - 11:54
Parabenizo a EPAGRI e UFSC pelo trabalho.
Muitos colegas ainda nÒo estÒo convencidos dos avanþos que estÒo emergindo dia ap¾s dia com as novas (velhos conceitos) formas de buscar a Fertilidade do solo. Vivemos mais de 25anos onde nada se desenvolveram para o campo, estas velhas prßticas eram chacoteadas e mal colocadas pelas empresas de Insumos, s¾ era bom se tivessem alta concentraþÒo de nutrientes, e disponÝvel, "velhas consideraþ§es". Minerais s¾ para concentraþÒo e industrializaþÒo, como os Fertilizantes, e nada se falava dos Condicionadores de Solos, admito, pois mal os colegas sabiam a necessidade de Correþ§es Minerais (nÒo estou falando de acidez), e entupiam o Solo de Fertilizantes. O Solo que deveria ser realmente ôvivoö e melhor entendido foi e esta sendo exaurido, e em alguns lugares estÒo morrendo (alto nÝvel de degradaþÒo provocada por perda de carbono "vida", salinidade, eros§es por div. situaþ§es, etc.), nada se pensou, nada se fez, somente pensar do que dele se pode tirar.
Comento que houve 21 a 24 de Setembro de 2009, no Brasil o I Congresso Nacional de Rochagem, patrocinado pela EMBRAPA, PETROBRAS e o MAPA, com a presenþa de muitos pesquisadores de diversos paÝses neste evento, que apresentou, tambÚm entre os muitos trabalhos o uso do basalto para mineralizaþÒo do solo (correþ§es\equilÝbrios minerais e nutriþÒo), com trabalhos desenvolvidos em Santa Catarina e Paranß, hß anos, por profissionais de pesquisa, com ¾timos resultados, e se encontram nos Anais deste Congresso.
A EPAGRI esta avanþando nestes trabalhos e que sirvam de desconforto para muitos colegas, visando destas reflex§es dos novos e futuras prßticas agrÝcolas, nÒo estamos falando somente de culturas de pequenas ßreas, falamos tambÚm de agricultura de extensÒo. Admito, produzindo Adubos e convivendo no campo a mais de 30 anos que a agronomia hoje terß que abrir seu campo de visÒo para a mineralogia e para a biologia, senÒo estarß fadada a ter somente profissionais, com ¾tima formaþÒo, 5anos de estudos, voltados somente para venda de adubos.
Minerais (NPK,.....) mais Carbono Ú uma adubaþÒo e condicionamento do solo mais Completa que hß, e Ú irreversÝvel. Os Fertilizantes Organominerais e os manejos de uma agricultura sustentßvel produzem bem, de igual Ó superior aos convencionais, ao menor custo e com melhor qualidade. Devemos focar e com muita serenidade para todos os cuidados com os riscos, metais pesados, ag. biol¾gicos, etc., tem-se ai a IN27, do Decreto 4.954, do MAPA para ser rigorosamente seguida.
Aproveito para dizer que hß um grupo, um Programa chamado REDE FERTBRASIL, Coordenado pela Embrapa, para avanþar nesses aproveitamentos de fontes minerais (muitos marginais) para uso agron¶mico, assim considerando todo seu aproveitamento, muito com as matÚrias orgÔnicas disponÝveis.
Reitero ParabÚns EPAGRI e UFSC, estamos juntos na mesma direþÒo.

Juares Lorenzon
20/11/2010 - 13:47
Prezado Ramon:
Concordo que para uma avaliaþÒo mais criteriosa, outros indicadores se fazem necessßrios. Artigos com este cuidado cientÝfico tem sido produzidos tambÚm.
Quanto a vantagem da agroecologia, ela nÒo o Ú para a ind·stria e por isto foi propagandeado a sua ineficiencia.

Clístenes Antônio Guadagnin - Eng. Agrônomo Epagri
22/11/2010 - 19:36
Agradeþo os importantes comentßrios de todos os amigos! Realmente Juares temos muito que avanþar para concretizar uma alternativa agroecol¾gica que considere as suas vßrias dimens§es. Para a curiosidade do amigo Ram¾n utilizamos 2 toneladas de p¾ de basalto por hectare e 2.500 kg (2,5 ton) de esterco de aves curtido (3¦ lote). Com certeza o clima contribui para os resultados alcanþados, que se repetiram durante quatro safras, pois em 2008 tivemos uma grande estiagem na regiÒo que comprometeu a safra em funþÒo de nas pequenas propriedades haver dificuldade de irrigaþÒo. Quanto a presenþa de metais pesados, existem traþos desses elementos e de mais dezenas elementos quÝmicos no basalto que na hip¾tese de equivocada de serem t¾xicos estariam causando problemas em todos os solos brasileiros originados a partir dessas rochas. Agradeþo tambÚm aos importantes comentßrios do amigo J.Calder¾n que destaca a necessidade e a importÔncia de revermos novos e especialmente antigos conceitos que nos impedem de enxergar alternativas vißveis e simples para desmistificar a complexidade que construÝmos. Estamos a disposiþÒo para crÝticas, d·vidas e comentßrios. Grande abraþo a todos!

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